
Por: Angelina Feltrin
Sullivan França, presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching, na qual a PERSORE é credenciada, define “Coaching” como “um processo com foco 100% em solução, visando apoiar a pessoa que busca um desenvolvimento, seja pessoal ou profissional”.
A minha vivência como Coach nas organizações, conduzindo o processo de Coaching com indivíduos cujo resultado esperado é claramente definido, tem demonstrado que este processo é muito eficiente, “100% solução”. Porém, desde que haja no Coachee, o real desejo de alcançar estes resultados, que evidentemente lhe trará benefícios de curto ou médio prazo.
É essencial que haja uma motivação interna, que o individuo queira obter estes resultados. É esta motivação interna que permite que o processo caminhe com eficácia. Assim, utilizando as técnicas e ferramentas adequadas, conduzimos a pessoa ao conhecimento de seus recursos e ao desenvolvimento de suas habilidades, a fim de que “destrave” o seu potencial, maximize o desempenho e alcance os resultados desejados.
A aprendizagem que o Coaching proporciona à pessoa então é muito motivadora. Digo mais: - É transformadora! O feedback que recebe, seja dos colegas ou de seus superiores em relação ao seu desempenho e sua mudança estimula ainda mais a pessoa a buscar os resultados. E eles são surpreendentes!
Há alguns casos, porém, em que o desejo interno do Coachee não é necessariamente aquele esperado pela organização, seja porque há outras prioridades na vida do individuo, seja porque não compartilha com o que esperam de seu desempenho, seja porque há questões emocionais que impedem o “destravamento” da pessoa. Nesses casos, os resultados quase não são percebidos e o processo se torna “morno”. A minha percepção, como Coach, é a de que ele participa do processo para “atender ao chefe”, mas logo volta ao padrão de desempenho anterior. Não há transformação! O Coaching torna-se superficial, apenas com a utilização das ferramentas que dispõe.
Considero muito importante então que tudo isso seja esclarecido tanto para a direção da empresa, como para a liderança e para o próprio individuo. É necessária essa transparência, uma vez que em alguns casos a técnica poderá ser em vão. Tal como participar do curso de Coaching, conhecer práticas e ferramentas, mas não vivenciar o processo....
Mas este é assunto para um outro pensar....